quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Juri Popular da Midia!



O terceiro dia da quarta semana pela democratizacao da comunicacao foi dedicado a realizacao de um ato publico em desefa da construcao de uma comunicacao livre, democratica e popular. A concentracao aconteceu no Ponto de Cem Reis, importante praca da capital com grande circulacao de pessoas.


O grupo do teatro do oprimido, formado na oficina ministrada pelo G.R.I.T.O durante os primeiros dias da semana, desenvolveu o Juri Popular da Midia, convidando a populacao da cidade a encenar o julgamento da midia brasileira. Varias pessoas foram abordadas e convocadas a discutir a midia de uma maneira critica, debatemos a importancia dos meios de comunicacao para a formacao educacional das criancas, a exploracao da imagem da mulher na TV, politicas de construcao da programacao e outros assuntos. Texto manifesto do ato foi:











Salve, salve, cidadão. Salve sua pele, salve seus ouvidos e olhos. Desligue a TV e o rádio. Hoje, não compre jornal. Faça seu boicote, faça sua crítica, salve seu cérebro. Ative sua crítica. Não se limite. Não veja, pense! Pense e reflita sobre as informações que são transmitidas pelos grandes meios de comunicação. E não pare por aí.


Nossos gostos, nossos gastos, nossas escolhas. Pense em quem comanda os meios de comunicação e quais são os seus interesses. Lembre-se: todos têm direito à comunicação. Mas são nove, apenas nove, as famílias que controlam as comunicações no Brasil.


Concentração, oligopólio, poder e influência na mão de poucos. E bote influência nisso. Eles ditam os assuntos que pautam nosso dia a dia. Nos fazem acreditar que o MST é criminoso, que rádio comunitária é pirata, que mulher é objeto, que morador de favela é criminoso, que homossexualidade é doença e que isso é tudo muito normal.


Nos levam a esquecer discussões importantes, como a democratização da comunicação, como a educação. Logo a comunicação. Logo a educação. Estas que são fundamentais para um povo entender o que se passa à sua volta. Estas que são necessárias para fundamentar uma crítica construtiva.


Porque, sim, é preciso construir novos meios, novas maneiras de (se) comunicar. Desconstruir esteriótipos e preconceitos que nos limitam - que tentam nos fazer pensar de maneira uniforme. É importante dialogar, construir com base no interesse social, respeitando a diversidade de gênero, raças, classes e crenças.


O que você gostaria de propor? Contribua com a comunicação social. Social! Expresse seu ponto de vista, sua realidade. Seja mídia! Construa você a comunicação popular – livre de amarras e cheia de idéias que se perdem por aí. Não se deixe levar pelos comerciais da TV. Eles tentam nos acalmar, nos deixar mansos, para que ninguém vá à rua e diga que está errado, que não é assim, que existem outras formas de se comunicar.


Estamos aqui, hoje, no centro de João Pessoa, para pautar uma reflexão sobre como a sociedade pode (e deve) discutir, repensar e fazer a comunicação. Não se trata apenas de consumo, comunicação se constroe. De preferência, com mais ética, menos manipulação. Uma comunicação comprometida com o social.


E francamente... nada disso a gente vê por aqui!


IV Semana Pela Democratização da Comunicação


21 de outubro de 2009


João Pessoa,


Parahyba



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